I Mini-curso de Paisagismo Urbano, Ecopaisagismo e Paisagismo Cultivado


Data: 06 e 07/11

Custo: R$ 25,00 incluindo almoço, dvd com material didático e certificado reconhecido pela Transition Towns Brasil (Rede das Cidades em Transição)

Local: Av. Cairú 194 - Cabo Branco - João Pessoa

Ministrantes:

Sandra Sheila Meireles - Arquiteta Paisagista - Pesquisa e tem projetos ecopaisagísticos em condomios de Natal - RN.

Anderson Fontes - Engenheiro Agrônomo - Coordenador da Divisão de Botânica da SEMAM - João Pessoa

Neimar Marcos (RS) - Permacultor - Coordenador da Transition Towns João Pessoa

Acordar com o canto dos pássaros ou deparar-se com animais silvestres no quintal de casa pode parecer privilégio de quem mora no campo. Mas, os habitantes de áreas urbanas também começam a usufruir tal cenário, graças ao ecopaisagismo, uma tendência que ganha força devido ao seu conceito bem antenado com os novos tempos.

Fazer uso de plantas nativas do lugar onde se está projetando, é a principal característica do ecopaisagismo, pois estas plantas espontâneas são mais resistentes ao clima, necessitam um manejo menor, pois nascem naturalmente na região, estando habituadas melhor ao clima e ao solo, barateando a implantação do projeto e o custo do manejo e insumos.

Os ecopaisagistas, ao elaborar um projeto, levam em consideração as questões técnicas e ambientais, o atendimento aos anseios do proprietário e a beleza e o conforto do ambiente planejado. Para tanto, valem-se, inclusive, de imagens fotográficas ligadas à natureza, com destaque para a flora e fauna da região onde se está implantando o projeto paisagístico.

Trata-se de um novo enfoque dado ao paisagismo, com o objetivo de também agregar informação e formação aos usuários do local, bem como ao pessoal que cuida da manutenção do mesmo. Aliado ao projeto, há todo um trabalho educacional voltado à natureza.

Uma vertente trazida pela Permacultura e que ainda é pouco explorada é o Paisagismo Cultivado ou Comestível, onde tudo que é colocado no design se pode comer: flores, ervas medicinais, temperos etc. Este tipo de paisagismo surge como uma forma dos condôminos terem um retorno do alto investimento na manutenção do paisagismo, bem como poderem desfrutar de produtos orgânicos em seus quintais, sem mencionar a importância ecopedagógica desta prática nas cidades.

O paisagismo urbano com uma perspectiva ecológica e permacultural vem a somar no que tange o conceito de cidades sustentáveis ou em transição, sendo mais que uma nova tendência do paisagismo, uma escola paradigmática do uso espacial do verde urbano.

Participem!!!!

Neimar Marcos

PROGRAMAÇÃO

Sábado dia 06/11
09 às 12h - Aula Teórica - Palestras Audiovisuais
ALMOÇO - Feijoada Vegetariana
14h às 17h - Aula Prática

Domingo dia 07/11
14h - Aula prática
16h- Chá e Entrega dos Certificados (quem quiser pode trazer biscoitinhos e/ou outros petiscos para compartilhar)

Encontro Nacional Mulheres,Agroecologia e Plantas Medicinais


Campina Grande receberá, entre os dias 26 e 28 de outubro, mais de 100 mulheres agricultoras das diversas partes do Brasil que se reunirão para divulgar e trocar experiências sobre o uso de plantas medicinais e a implantação de práticas agroecológicas que garantem a saúde e a segurança alimentar de milhares de famílias do campo. O Encontro Mulheres, Agroecologia e Plantas Medicinais será promovido pelo Grupo de Trabalho Mulheres da Articulação Nacional de Agroecologia (GT Mulheres da ANA), formado por grupos de mulheres, organizações mistas e feministas e por representações de movimentos sociais que têm em comum a luta pela auto-organização das mulheres e da construção de políticas públicas.

O objetivo é dar maior visibilidade ao papel que as mulheres desempenham em suas comunidades e buscar estimular a articulação de alianças e redes regionais e nacionais que permitam uma maior disseminação das experiências conduzidas em escala local.

Para tanto, a comissão organizadora identificou e selecionou experiências de agricultoras que sejam representativas de redes regionais (Amazônia, Cerrado, Sudeste, Sul e Nordeste) e movimentos nacionais que abordam o tema mulheres e plantas medicinais, tais como o Movimento de Mulheres Camponesas, a Marcha Mundial de Mulheres, o Instituto de Mulheres Negras do Amapá, o Polo da Borborema, o Coletivo Cariri, Seridó e Curimataú, além de organizações da sociedade civil, como AS-PTA, FASE, Comissão Pastoral de Terra, Terra de Direitos.

Durante os três dias do evento, serão realizados debates sobre políticas públicas, trabalhos em grupo, exposição de algumas práticas (por meio da atividade Carrossel de Experiências), visitas a campo e, como não poderia faltar, a Feira de Saberes e Sabores.

As mulheres do campo sempre estiveram à frente da diversificação de culturas, do cultivo de plantas medicinais e do despertar para a transição agroecológica das unidades familiares. A importância disso se reflete não só no rendimento da produção dos sistemas, como também na reprodução dos modos de vida camponesa nas mais variadas realidades do Brasil.

São também as mulheres agricultoras que garantem a passagem de geração para geração de uma grande variedade de conhecimento acerca das qualidades, propriedades e aplicação das plantas para a saúde humana e animal. O momento, portanto, é de resgatar e valorizar esse conhecimento tradicional, muitas vezes desqualificado pelas indústrias farmacêuticas a serviço de grandes transnacionais que contribuem para a consolidação do mercado da doença, que incentiva a substituição de remédios caseiros pelos sintéticos.

Visibilizar o papel das mulheres no cultivo, no preparo e no uso das plantas medicinais é fortalecer esse movimento de resistência que luta pela autonomia das mulheres e pela soberania dos povos.

SERVIÇO

Data: 26 a 28 de outubro

Local: Hotel Fazenda Day Camp (Campina Grande)

Contatos: Ana Barros anabarros@rede-mg.org.br; Adriana Galvão adriana@aspta.org.br; Adriana Gondim adrianagondim@esplar.org.br; Beth beth@ctazm.org.br; Diana Mores dianamores@yahoo.com; Léa leoniastrm@yahoo.com.br; Nenzinha nenzinha@caa.org.br; Viviane Ramiro vivianeramiro@click21.com.br; Vanessa vanessa@fase.org.br

PROGRAMAÇÃO

DIA 26/10/2010

MANHÃ

- Abertura: mística e apresentação

- Debate: Modelo de desenvolvimento e implicações na vida das mulheres e plantas medicinais.

TARDE

- Carrossel de Experiências

NOITE

-Feira de saberes e sabores

DIA 27/10/2010

MANHÃ

- Visitas às experiências do Pólo da Borborema, do Coletivo Cariri, Seridó e Curimataú e do Centro Nordestino de Medicina Popular

TARDE

- Debate: A Política Nacional de Plantas Medicinas e o acesso à biodiversidade

NOITE

- Feira de saberes e sabores

DIA 28/10/210

MANHÃ

- Trabalho em grupos com questões orientadoras para síntese de propostas

- Encaminhamentos finais;

- Avaliação do encontro

- Mística de encerramento

Abaixo-assinado OBRA DE URBANIZAÇÃO EM LOCAL DE DESOVA DE TARTARUGAS MARINHAS – DIGA NÃO!

Para:Prefeitura Municipal de João Pessoa; Ministério Público Federal

OBRA DE URBANIZAÇÃO EM LOCAL DE DESOVA DE TARTARUGAS MARINHAS – DIGA NÃO!

Desde o ano de 2003 que a APAN – Associação Paraibana dos Amigos da Natureza, em conjunto com a GUAJIRU tem protocolado no Ministério Público Federal um procedimento em defesa da preservação do Jardim Oceania (antigo Bessa).

O local é área de desova de quatro espécies de tartarugas marinhas, e em especial a tartaruga de pente, que está criticamente ameçada de extinção, segundo o Ministério do Meio Ambiente.

A Prefeitura Municipal de João Pessoa quer construir nesse local uma via para carros, bicicletas, calçadinha, calçadão, estacionamento para carros, além de um paredão para conter tudo isso. A área já sofre um processo de erosão considerável tendo em vista o avanço do mar, é área de preservação permanente e possui vegetação fixadora de dunas e também plantas em extinção como a guajiru.

As tartarugas são fiéis ao local dos seus ninhos, portanto, há mais de 150 milhões de anos que estes animais vêm pôr os seus ovos em nosso litoral, ainda temos o privilégio desse fenômeno ocorrer em uma área urbana. A praia do Bessa, por um milagre, possui traços nativos, e isso é o que tem assegurado a vinda dessas tartarugas para o nosso litoral.

Nosso objetivo é sensibilizar a população pessoense bem como o poder público para que não leve adiante a construção dessas vias.

Salientamos que segundo os biólogos da ONG GUAJIRU, que tem trabalho específico com as tartarugas, teríamos mais ou menos cinco anos para provocar a extinção desses animais em nossas praias.

Gostaríamos de contar com o apoio de cada um de vocês para que possam juntos com estas duas entidades ambientais garantir a preservação de umas das únicas praias nativas urbanas do nosso país ao mesmo tempo garantindo também a presença das tartarugas de pente por mais alguns milhões de anos...

Socorro Fernandes
Presidente da APAN


Assinem:>>>>>>> Abaixo-assinado



CURSO DE DESIGN EM PERMACULTURA - PLANEJAMENTO SUSTENTÁVEL - UNIPB - JOÃO PESSOA - PARAÍBA - BRASIL

Atualmente temos um cenário muito promissor e embrionário da permacultura na Paraíba...a semente está brotando...apesar de termos dados muitos saltos importantes...
o PDC realizado pela SEMAM e ministrado por mim foi um deles...na primeira reunião da Rede de Permacultura perguntei quantas pessoas tinham o curso PDC...somente 2 pessoas: Mayra (Bicho do Mato- Recife - ministrado por mim) e Paula Bronzeado (Ipoema - Brasilia). NUM UNIVERSO DE 120 PESSOAS..
Havia o Fabão, Chuchuca e Kel, com PDC realizado no Bicho do Mato ministrado por mim e pelo permacultor Yuri Moraes ex- IPEP...mas não estavam no dia...

Hoje temos mais 50 companheiros formados no PDC da Paraíba...replicando os conhecimentos...é muito...mas a mercê é grande e os trabalhadores ainda são poucos...
por isso quem quiser engrossar as fileiras desta nova ciência transdisciplinar...filosofia de vida. E profissão... Estamos agitando um curso PDC..privado desta vez. Como a maioria dos cursos no Brasil...
Apesar de ser privado... tivemos a preocupação de ser acessível. No valor... (100 reais o modulo... sendo que em outros lugares é 250) e nas datas...(fim de semanas modulares...já que na maioria dos PDC´s são intensivos de 8 a 9 dias...inviabilizando so trabalhadores de participarem)...
Será teórico e prático. E com módulos individuais. Ou seja...com certificado por módulos...SERÃO 4 MÓDULOS TECNOLÓGICOS E ANO QUE VEM 2 AGROECOLÓGICOS...QUE FECHARAM AS 72H DO PDC..
O curso será realizado na UNIPB...Engenharia Ambiental..com certificado expedido pela universidade. Assinado por mim...e reconhecido pela rede internacional das cidades em transição...com validade para o currículo lattes...e todo o chalala universitário...hehehe...
As Inscrições são feitas na UNIPB - Engenharia Ambiental - sendo que o primeiro módulo é dia 23 e 24/10...sábado e domingo. Direito a uma camiseta, material didático, certificado, material da aula prática... etc..
Pós-modulo será feito uma exposição do resultado do curso em equipamentos e banners...e no final do PDC...uma exposição geral...

23,24/10 I Módulo INTRODUÇÃO A PAERMACULTURA.

By: Marcos Ninguém. Contato: (83) 8709-0788

BioDiversidade.. URGENTE


A humanidade é parte de um vasto universo em evolução.

A Terra, nosso lar, está viva com uma comunidade de vida única.

As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida.

A capacidade de recuperação da comunidade da vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo.

O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todas as pessoas.

A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.

By:
Mayra Siqueira (Graduanda em Biologia)

Edital apoia núcleos de pesquisa em agroecologia para agricultura familiar

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), por meio da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF), e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lançaram nesta segunda-feira (27) edital (Nº 058/2010) para implantar e consolidar Núcleos de Pesquisa e Extensão em Agroecologia em instituições de ensino superior. O objetivo é apoiar propostas de pesquisa científica e extensão tecnológica para agricultura familiar no âmbito da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER). O investimento do MDA é de R$ 16,2 milhões.

O edital contempla duas chamadas públicas. A Chamada 1 é direcionada para projetos que desenvolvam atividades de extensão rural com foco em inovação tecnológica adaptadas e orientadas para a sustentabilidade da atividade produtiva da agricultura familiar. A Chamada 2 apoia projetos destinados à implantação de 54 Núcleos de Pesquisa e Extensão em Agroecologia em instituições de ensino no Brasil.

A íntegra do edital encontra-se disponível nos portais do MDA (www.mda.gov. br/saf/dater) e do CNPq (http://www.carlosch agas.cnpq. br). As propostas deverão ser apresentadas exclusivamente pela internet, até as 18h do dia 11 de novembro.

O edital determina que as propostas devem ser apresentadas por professor/pesquisad or que tenha, no mínimo, o título de mestre e esteja vinculado a uma instituição pública de ensino superior (universidades federais e institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia), comunitária e confessionais, e instituições governamentais e não governamentais de assistência técnica e extensão rural, todas sem fins lucrativos.

O coordenador geral da Coordenação de Formação do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater) da SAF, Francisco Roberto Caporal, explica que, com o edital, o Brasil passará a contar com cerca de cem Núcleos de Pesquisa e Extensão em Agroecologia. "Isso vai contribuir para ampliar o debate sobre um novo modelo de ensino e pesquisa no contexto do ensino superior", afirma Caporal. Dados da SAF apontam que, atualmente, existem mais de cem cursos de Agroecologia no País.

Edital apoia pesquisa em agricultura familiar

Cerca de 50% dos agricultores familiares ainda não dispõem de qualquer assistência técnica e extensão rural, segundo o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Nesse contexto, buscando desenvolver e fortalecer a agricultura familiar, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o CNPq lançam edital conjunto para apoiar projetos de pesquisa científica, tecnológica e extensão. Os projetos devem desenvolver ações de experimentação, validação e disponibilização participativa de tecnologias apropriadas à agricultura familiar e visar à implantação e consolidação de núcleos de agroecologia nas instituições de ensino.

O edital prevê a aplicação de recursos financeiros no valor global estimado de R$ 16,2 milhões a serem repassados pela Secretaria da Agricultura Familiar ao CNPq.

Os recursos serão destinados a apoiar dois projetos por Unidade Federativa em cada uma das duas chamadas descritas. Caso o somatório das propostas aprovadas em algum dos estados seja inferior ao volume de recursos estabelecido, a diferença poderá ser utilizada na contratação de propostas de outros estados, seguindo uma ordem de classificação por chamada. O valor máximo a ser financiado por proposta na Chamada 1 é de R$ 200 mil e na Chamada 2 de R$ 100 mil.

O proponente deve possuir o título de mestre ou doutor, ter seu currículo cadastrado na Plataforma Lattes e vínculo celetista ou estatutário com a instituição de execução do projeto. O pesquisador aposentado poderá apresentar proposta ao edital desde que possua o título de doutor e comprove manter atividades acadêmico-científicas e apresente declaração da instituição de pesquisa ou de pesquisa e ensino concordando com a execução do projeto.

O prazo de inscrições vai até 11 de novembro. Acesse o edital em Edital

(Assessoria de Comunicação do CNPq)


http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=73735

Pesquisador da Embrapa explica avanços tecnológicos na produção agroecológica do algodão

O pesquisador da Embrapa Algodão Campina Grande, foi um dos entrevistados no Programa Domingo Rural deste domingo(12/09) falando aos ouvintes da Rádio Serrana de Araruna em conexão com a Rádio Cultura de São José do Egito e Rádio Independente FM de Serra Branca sobre os trabalhos desenvolvidos pela Embrapa em toda a região com a produção do algodão de forma agroecológica, numa ação que acontece com entidades diversas na Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará dentre outros.

O diálogo se deu com referência em um intercâmbio de agricultores e agricultoras familiares que aconteceu na comunidade Poço do Gado, município de Arara, experiência na propriedade do agricultor Pedro Elias dos Santos e contou com a participação de agricultores experimentadores do município de Arara e Remígio dentre outros na busca de ampliar conhecimentos sobre a produção algodoeira em consórcios agroecológicos.Ao dialogar com os ouvintes das emissoras parceiras ele falou sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido pelas entidades parceiras dentro da Rede de Algodão Agroecológico da Paraíba, com ênfase nas atividades do cultivo do algodoeiro em consórcios agroecológicos desenvolvidas em Remígio e agora em Arara, ações que são tidas como unidades de validação e transferência de tecnologias visando a formação de multiplicadores onde os dias de intercâmbios possibilitam aos participantes conhecerem as experiências que estão sendo feitas nas comunidades e, ao mesmo tempo, discutirem suas experiências com trocas de informações através desses trabalhos acompanhados por técnicos, analistas e pesquisadores da Embrapa Algodão num processo de comparação e compartilhamento dos conhecimentos científicos e das famílias agricultoras.

Ele explicou que diversas estratégias são desempenhadas dentro do processo de convivência com o bicudo enquanto inseto, evitando que esse se transforme em praga no algodoeiro dentre outros insetos. “São várias estratégias para conviver com o bicudo, além de você ter um plantio um pouco mais tarde pra quando o algodão começar a emitir botão floral que é quando coincide também com a entrada do bicudo você já está num período mais quente e a planta já está também num estado mais avançado, você também tem as estratégias dos consórcios agro9ecológicos que favorecem o desenvolvimento, não só do bicudo, mas de outras pragas do algodoeiro, uma diversidade de insetos predadores que combatem várias pragas como exemplo teve um ataque de pulgão e foi totalmente controlado por cochonilha e outros insetos predadores que fazem controle biológico, controle natural nesse tipo de plantio que a gente está conduzindo aqui na comunidade”, explica aquele pesquisador em contato direto com o público 590kHz em conexão com o público 1320kHz e 107,7 MHZ. “A gente trabalha de uma forma sistêmica, a gente trabalha toda a propriedade, a gente coloca uma Unidade de Validação e Transferência de Tecnologias numa propriedade de referência, no caso aqui na propriedade de seu Pedro numa área que a gente chama de uma área de experiência, os próprios agricultores chamam de área de experiência onde entre o conhecimento técnico para montar aquela unidade de validação colocando as variedades de algodão desenvolvidas pela Embrapa e outras culturas como gergelim, amendoim que são variedades desenvolvidas pela Embrapa que a gente plantou na unidade de validação, a questão do espaçamento, o consórcio intercalado, várias técnicas de plantio mais o conhecimento tradicional do agricultor que é somando também nesse trabalho que aí vem a semente própria dele que ele planta já há muito tempo a exemplo da cebolinha, do coentro, do feijão mulatinho, então aquela unidade de validação tem conhecimento técnico e o conhecimento tácito, conhecimentos do agricultor também naquela de validação onde fazemos as experiências pra ver quais os consórcios, quais as experiências mais adequadas para aquele local”, revela o pesquisador, explicando que tudo se dar num olhar amplo dentro da propriedade rural.

Joffre disse que após as visitas desenvolvidas nas Unidades de validação, outros encontros de avaliação são feitos e os resultados são compartilhado com as demais componentes da Rede de Algodão Agroecológico da Paraíba com compartilhamentos que são feitos com as demais parceiras a cerca das experiências desenvolvidas em outras unidades e microrregiões do Estado da Paraíba.


Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

Agenda Agroecológica

- 13 a 15 de outubro - Fórum Paulista de Agroecologia - UFSCar

- 18 e 19 de novembro - 3º Semináro de Agroecologia do MS - UFMS - Campus Pantanal

- 27 e 28 de outubro - Congresso de Agrotóxicos e Saúde - Mato Grosso

- 13 a 16 de novembro - Fórum Goiano de Agroecologia - UFG

- 9 e 10 de novembro - I Seminário Estadual de Agroecologia do Piaui

- 16 a 19 de novembro - Congresso da ALASRU - Porto de Galinhas - PE (Mesa Internacional de Agroecologia)


- 24 a 26 de novembro - II Congresso Cearense de Agroecologia


- 29/11 a 03 de dez - Diálogos e Convergências - Salvador - BA

- 1 a 3 de dezembro - II Seminário sobre Ensino de Extensão Rural - UFSM - RS

II Encontro Nacional de Grupos de Agroecologia (ENGA)

O ENGA pretende fomentar intercâmbios entre grupos e comunidades, onde as reflexões e discussões sobre temas como: Segurança Alimentar e Saúde, Cultura popular e Tradicional, Sustentabilidade na Agricultura, Economia Solidária e Integração Social, contribuam para a realidade da comunidade local e das experiências agroecológicas da região onde o evento será realizado.

Além disso, o II ENGA, tem o objetivo de criar um espaço em que os membros de Grupos de Agroecologia possam se reunir, discutindo questões inerentes aos grupos e apontando perspectivas de atuações futuras. Portanto, o II ENGA, terá também caráter deliberativo que planeje ações contínuas para o desdobramento da rede dos GAs, bem como definição dos grupos que assumirão a organização do próximo ENGA.

Durante os 05 dias de convivência serão realizados espaços de troca de saberes com instalações pedagógicas, visitas e mutirões nas experiências da região, uma feira agroecológica e cultural nas ruas de Aldeia Velha, além de espaços para reflexões e discussões focadas em temas relacionados ao envolvimento sustentável, cooperativismo e associativismo rural, educação diferenciada, extensão rural, economia solidária e inclusão social, sementes, plantas medicinais, sistemas agroflorestais, agricultura urbana, fontes renováveis de energia, bioconstruções, gênero, soberania alimentar e saúde integral.

A programação do encontro será composta por atividades integradoras conduzidas por metodologias participativas como: rodas de discussões e círculos temáticos, mutirões, feira cultural agroecológica, trocas de experiências e espaços de socialização que sejam direcionados para fortalecimento da rede dos GAs, fomento da transição agroecológica local e construção de propostas para reivindicar e garantir acesso das comunidades e agricultores às políticas públicas e tecnologias alternativas.

No dia 30/1o sábado, será realizada junto a Feira Agroecológica em Aldeia Velha, a Festa do Aipim!!!Com concurso do maior Aipim (mandioca/macaxeira) colhido! e degustação e troca de manivas de aipim (mandioca/macaxera). Tragam Aipim/Mandioca/Macaxera para concorrer a prêmios nesse concurso de degustação e do maior Aipim/Mandioca/Macaxera colhido!!! e Também Manivas para trocar!!!

Teremos espaços de integração e apresentação dos GAs, feira agroecológica nas ruas de Aldeia velha, reconhecimento da comunidade, mutirão e vivências nas experiências agroecológicas da região, debates e discussões, trocas de experiências, de sementes, de saberes... e celebrações e intercãmbios culturais.

O camping que vai acolher o encontro é em um lugar lindo de pleno contato com a natureza! Pedimos que evitem trazer lixo e que tenham muito respeito a natureza do local. Para melhor interagirmos no nosso encontro pedimos também que tragam ferramentas, sementes, barraca e utensílios para suas necessidades pessoal (caneca, pratos, talheres, escova de dentes, toalha...), muita energia positiva para colaborar, alegria e apresentações culturais para celebrarmos esse encontro. Por amor, deixe de lado, lixos, bebidas alcóolicas, drogas, energias negativas, discórdias e problemas... vamos construir juntos um encontro harmonioso e interativo!!!

Para se inscrever e se inserir nesse processo do ENGA, pedimos para que procure os Grupos de Agroecológica de sua região. O valor da inscrição é de R$50 até o dia 22/10/10 (após essa data será R$70), e estão inclusos alimentação e camping.

baixo segue alguns Grupos de Agroecologia no Brasil, separados por estado...

Rio Grande do Sul

Santa Catarina

Paraná - GEAE - Grupo de Estudos de Agricultura Ecológica
. Rua dos Funcionários, 1540. Bairro Juvevê, Curitiba/PRCEP 80.035-050 Tel: (041) 3350-5761 São Paulo

Minas Gerais
- GAO; Apêti; Sauípe;

Rio de Janeiro
- Capim Limão - UFRJ - Ilha do Fundão; área de Ocupação Verde; Escola da Mata Atlântica - Aldeia Velha (Silva Jardim estrada do macharet s/nº
MAE - Mutirão de Agricultura Ecológica
UFF - Niterói; Verdejar; Raízes e Frutos; Boldim;

Espírito Santo - Coletivo Casa Verde

Bahia

Goiás

Mato Grosso do Sul

Mato Grosso


Amazonas


Acre

Rondonia

Roraima


Pará


Maranhão


Rio Grande do Norte

Ceará

Paraíba - MAE - Movimento Agroecológico


Qualquer Dúvida sobre o evento podem me mandar um e-mail, pois já participei do primeiro e posso esclarecê-las.

E-mail: roberto.uni@gmail.com
Twitter: @roberto_rxeco


Gás descoberto na atmosfera da Amazônia intensifica a precipitação, enquanto as queimadas a reduzem


Em dois artigos científicos publicados em edições sucessivas da revista Science, pesquisadores brasileiros, europeus, australianos e israelenses explicam fenômenos sobre o clima da Amazônia que intrigavam há muitos anos. O primeiro estudo, que saiu no dia 20 de fevereiro, mostra por que chove tanto na maior floresta tropical do mundo, que cobre pouco mais da metade do território brasileiro. Por meio de uma cadeia de reações químicas só agora identificada, um gás liberado em abundância pelas plantas, o isopreno, converte-se em outro, recém-descoberto na atmosfera, que se revelou um dos compostos-chave nos processos de formação das nuvens de chuva. O segundo trabalho, da sexta-feira seguinte, dia 27, revela por que o excesso de partículas inibe as chuvas na época de queimadas, entre agosto e novembro. As partículas resultantes da queima da floresta saturam o ar e levam à formação de nuvens mais altas que as formadas nos outros meses do ano, com gotas d´água bem menores, que, em vez de caírem na forma de chuva, permanecem em suspensão na atmosfera até evaporarem.

Para chover, não basta apenas a elevada concentração de umidade, que na atmosfera da Amazônia supera 90%, em contraste com regiões mais secas, como o Centro-Oeste, onde às vezes o vapor d´água disperso no ar não passa de 10% nos momentos mais críticos. Outro ingrediente indispensável são as partículas em suspensão no ar conhecidas como aerossóis, que atuam como núcleos de condensação de nuvens (NCN): atraem e condensam moléculas de água, crescendo até se tornarem pesadas o suficiente para caírem em forma de chuva. Mas havia um problema. Sempre que os pesquisadores do Experimento de Larga Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA) - megaprojeto internacional de US$ 80 milhões que reúne mais de 300 especialistas da América Latina, da Europa e dos Estados Unidos - quantificavam os núcleos de condensação, obtinham valores baixos, insuficientes para explicar por que a Amazônia é um dos lugares em que mais chove no mundo. A pluviosidade da floresta varia de 2.500 milímetrospor ano por metro quadrado em Manaus a 5 mil milímetros em São Gabriel Cachoeira, também no Estado do Amazonas. Para se teruma idéia desse volume de água, na cidade de São Paulo caem de 1.500 a 1.800 milímetros de chuva por ano.

As respostas começaram a aparecer com as análises das medições atmosféricas feitas em 1998 em uma das torres do LBA, a 70 quilômetros ao norte de Manaus. Foi quando os pesquisadores descobriram as transformações por que passa o isopreno, um gás já conhecido, produzido pelas plantas. Molécula simples, com cinco átomos de carbono e oito de hidrogênio, o isopreno sofre um conjunto de reações químicas sob a ação da luz solar - perde um átomo de hidrogênio e ganha quatro de oxigênio - e se converte em uma das duas formas estruturais de uma mesma substância, o 2-metiltreitol, até então desconhecida como composto atmosférico. Essa nova substância é agora vista como um dos principais formadores dos núcleos de condensação de nuvens por duas razões. Primeiro, por ser um álcool e, portanto, capaz de atrair moléculas de água. Segundo, por causa da quantidade em que é produzida. Embora apenas 0,6% do isopreno se converta nessa substância, não é pouco em termos absolutos. Estima-se quea Amazônia produza por ano cerca de 2 milhões de toneladas de 2-metiltreitol, o que torna esse novo composto um dos aerossóis de origem orgânica mais comuns produzidos pelas florestas tropicais no mundo.

"Ninguém imaginava que o isopreno, por ter uma massa molecular baixa, pudesse funcionar como precursor de um composto que, agora sabemos, é um dos componentes importantes dos núcleos de condensação de nuvens na Amazônia", comenta Paulo Artaxo, pesquisador do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), que participou dos dois artigos da Science. Havia outra razão pela qual não se apostava nesse composto químico, produzido por todas as plantas em quantidades que variam de acordo com cada espécie, e também industrialmente, como matéria-prima de alguns tipos de plástico. Até os pesquisadores conseguirem demonstrar as transformações do isopreno e sua importância sobre o ecossistema amazônico, acreditava-se que a tarefa de formar nuvens coubesse apenas a um composto orgânico comum nas florestas temperadas da Europa: o terpeno, uma molécula mais encorpada.

As florestas tropicais, mais quentes, úmidas e ensolaradas que as temperadas, funcionam de modo diferente, já que as populações de plantas são distintas. Segundo o físico da USP, em Balbina, a região do Amazonas em que as medidas foram feitas, de 40% a 60% das nuvens de chuva devem se formar a partir de uma forma ou de outra do 2-metiltreitol, enquanto o terpeno apresenta uma participação modesta, próxima a 20%. Nas matas de clima mais frio, o terpeno responde por algo em torno de 30% dos compostos orgânicos voláteis. Por fim, cerca de 10% das gotículas de nuvens nascem a partir de partículas orgânicas emitidas diretamente pela vegetação, como pólen, bactérias e fungos, igualmente capazes deatrair as moléculas de água.

Medindo gotas - Coordenado por Magda Claeys, esse primeiro estudo da edição da Science, que saiu na véspera do Carnaval, dia 20, alerta para as alterações climáticas causadas pela perda da floresta tropical, em decorrência de processos naturais ou da ação humana. Quanto menor a área de floresta, menor será a quantidade de vapor d'água e de isoprenos liberados pelas plantas. Portanto, haverá menos núcleos de condensação de nuvens e possivelmente menos chuva.Mas a pluviosidade começa a diminuir já numa etapa anterior, como efeito das queimadas, que antecedem a formação de pastos e lavouras. "Descobrimos uma interação muito forte entre a fumaça das queimadas e as nuvens que está interferindo no ciclo hidrológico", comenta Maria Assunção Silva-Dias, pesquisadora do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, diretora do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e uma das autoras do segundo artigo da Science.
Quando a floresta arde em chamas para dar espaço a pastos ou plantações, o céu muda de modo radical. Em feixes de fumaça, ganham o ar até 30 mil partículas por centímetro cúbico - uma concentração pelo menos mil vezes maior que em condições normais e cerca de cem vezes maior do que a verificada na cidade de São Paulo nos dias mais poluídos do inverno. Os pesquisadores do LBA, desta vez sob a coordenação de Meinrat Andrea e, do Instituto Max Planck de Química, da Alemanha, demonstraram que a quantidade maior ou menor de partículas no ar faz toda a diferença no processo de formação das nuvens e das chuvas. Um número reduzido de aerossóis, como acontece em condições naturais, sem a interferência humana, induz à formação de grandes gotas de chuva, com um diâmetro que varia de 30 a 50 micrômetros (1 micrômetro é a milésima parte do milímetro), que se aglomeram em nuvens baixas, com o topo distante de 3 a 5 quilômetros do solo, e caem em poucas horas. Por outro lado, o excesso de partículas liberadas quando a floresta queima produz gotas d'água menores, de 10 a 20 micrômetros de diâmetro, que formam nuvens mais altas, de até 16 quilômetros de altura, e, por serem mais leves, evaporam em vez de ganharem peso e caírem na forma de chuva.

Os pesquisadores estabeleceram essas diferenças, já delineadas em termos mais gerais por meio de sensoriamento remoto, visitando as próprias nuvens, em cerca de 20 vôos em dois aviões Bandeirante, um paralelo ao outro, entre setembro e outubro de 2000. Em um deles estavam Andreae e Artaxo, coletando informações sobre as partículas que formam as nuvens. O outro avião, com pelo menos um pesquisador da Universidade Estadual do Ceará (Uece) - ora ia Alexandre Costa, ora João Carlos Parente de Oliveira - e, sempre, Daniel Rosenfeld, especialista da Universidade de Jerusalém, Israel, mergulhava nas nuvens com o propósito de analisar as gotas d´água que se formavam ali dentro. Do solo, Maria Assunção acompanhava as duas equipes, informando-as sobre o comportamento do clima.

Os vôos começavam em Ji-Paraná, em Rondônia, seguiam rumo a Porto Velho, no mesmo estado, passavam por Rio Branco e Cruzeiro do Sul, no Acre, e terminavam em Tabatinga, no Amazonas. À medida que seguiam de uma região de queimadas freqüentes para outras em que são mais raras, até aterrissarem em um ponto em que a floresta se mantém razoavelmente preservada, tornavam-se nítidas as diferenças na estrutura das nuvens. Em Ji-Paraná, predominavam as gotas pequenas e as nuvens altas, ao passo que em direção a Tabatinga as gotas grandes e as nuvens baixas é que setornavam maiscomuns.

Menos chuva no Sul - As medidas tomadas reiteram a estimativa de que as partículas resultantes das queimadas reduzem a quantidade de chuvas em até 30%, mas, segundo Assunção, ainda é preciso trabalhar um pouco mais para chegar a um valor mais exato: os aviões percorreram apenas as nuvens de chuva menores, evitando as maiores, que costumam incomodar os pilotos. "É possível que esse mesmo mecanismo possa também atrasar as chuvas, mas ainda não está demonstrado" , diz ela. De todo modo, os contrastes já são nítidos: "Em Tabatinga chove todo dia, enquanto em Ji-Paraná chove menos do que choveria se não houvesse as emissões de queimadas", observa Artaxo. Já se sabia que as queimadas, por cobrirem o céu de fumaça, reduzem a temperatura da superfície em pelo menos 0,5° Celsius e a luminosidade em até 50% (veja Pesquisa FAPESP 86).

Os dados obtidos fortalecem a hipótese de que as queimadas na Amazônia possam ter um efeito muito mais abrangente e inibir as chuvas também em outras regiões da América do Sul, especialmente no Sul e Sudeste do Brasil, a pelo menos 2 mil quilômetros de onde são produzidas, já que as nuvens de fumaça são carregadas pelas correntes de ar nessa direção - outra parte vence as montanhas dos Andes e chega ao oceano Pacífico. A equipe do LBA já encontrou nos Andes e em São Paulo partículas de queimadas da Amazônia, mas ainda falta provar que elas chegam também a outras regiões e conseguem espantar a chuva.

Curitiba é multada em R$ 100 mil por descarte de lixo hospitalar em aterro sanitário

O Ibama multou a Prefeitura de Curitiba (PR) em R$ 100 mil pelo descarte de lixo hospitalar em um aterro sanitário. O município, autuado ontem, tem 20 dias para recorrer.

A fiscalização afirma que a prefeitura infringiu resolução do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) que determina que o lixo hospitalar deve ser destinado a "estabelecimentos licenciados para receber e tratar este tipo de resíduos'', o que não é o caso do aterro sanitário da Caximba.

A legislação estabelece punição a quem "deixar de dar destinação ambientalmente adequada a produtos, subprodutos, embalagens, resíduos ou substâncias quando assim determinar a lei ou ato normativo".

A Superintendência do Ibama no Paraná constatou o descarte de lixo hospitalar no aterro no último dia 20 de agosto, após o caso ser denunciado pelo Ministério Público do Paraná.

OUTRO LADO

A Prefeitura de Curitiba, por meio de nota do secretário municipal do Meio Ambiente, José Antônio Andreguetto, informou que irá recorrer da autuação.

Andreguetto argumenta que o lixo encontrado no aterro sanitário não é ''resíduo hospital usado, mas sim material limpo, fora do prazo de validade''.

Segundo a nota, a Secretaria do Meio Ambiente de Curitiba autuou dois hospitais pelo descarte do material no aterro sanitário, com base no plano de gerenciamento de lixo do município. Pelo plano, o material não utilizado e que é descartado deve ser reciclado e não enviado ao aterro sanitário.

O fato de o município ter autuado os hospitais que fizeram o descarte indevido também será usado na justificativa da prefeitura ao recorrer da multa do Ibama.

Fonte: Folha.com

Recuperação de Matas Ciliares


Foto: Ibama

O processo de ocupação do Brasil caracterizou-se pela falta de planejamento e conseqüente destruição dos recursos naturais, particularmente das florestas. Ao longo da história do País, a cobertura florestal nativa, representada pelos diferentes biomas, foi sendo fragmentada, cedendo espaço para as culturas agrícolas, as pastagens e as cidades.

A noção de recursos naturais inesgotáveis, dadas as dimensões continentais do País, estimulou e ainda estimula a expansão da fronteira agrícola sem a preocupação com o aumento ou, pelo menos, com uma manutenção da produtividade das áreas já cultivadas. Assim, o processo de fragmentação florestal é intenso nas regiões economicamente mais desenvolvidas, ou seja, o Sudeste e o Sul, e avança rapidamente para o Centro-Oeste e Norte, ficando a vegetação arbórea nativa representada, principalmente, por florestas secundárias, em variado estado de degradação, salvo algumas reservas de florestas bem conservadas. Este processo de eliminação das florestas resultou num conjunto de problemas ambientais, como a extinção de várias espécies da fauna e da flora, as mudanças climáticas locais, a erosão dos solos e o assoreamento dos cursos d'água.

Neste panorama, as matas ciliares não escaparam da destruição; pelo contrário, foram alvo de todo o tipo de degradação. Basta considerar que muitas cidades foram formadas às margens de rios, eliminando-se todo tipo de vegetação ciliar; e muitas acabam pagando um preço alto por isto, através de inundações constantes.

Além do processo de urbanização, as matas ciliares sofrem pressão antrópica por uma série de fatores: são as áreas diretamente mais afetadas na construção de hidrelétricas; nas regiões com topografia acidentada, são as áreas preferenciais para a abertura de estradas, para a implantação de culturas agrícolas e de pastagens; para os pecuaristas, representam obstáculos de acesso do gado ao curso d'água etc.

Este processo de degradação das formações ciliares, além de desrespeitar a legislação, que torna obrigatória a preservação das mesmas, resulta em vários problemas ambientais. As matas ciliares funcionam como filtros, retendo defensivos agrícolas, poluentes e sedimentos que seriam transportados para os cursos d'água, afetando diretamente a quantidade e a qualidade da água e conseqüentemente a fauna aquática e a população humana. São importantes também como corredores ecológicos, ligando fragmentos florestais e, portanto, facilitando o deslocamento da fauna e o fluxo gênico entre as populações de espécies animais e vegetais. Em regiões com topografia acidentada, exercem a proteção do solo contra os processos erosivos.

Apesar da reconhecida importância ecológica, ainda mais evidente nesta virada de século e de milênio, em que a água vem sendo considerada o recurso natural mais importante para a humanidade, as florestas ciliares continuam sendo eliminadas cedendo lugar para a especulação imobiliária, para a agricultura e a pecuária e, na maioria dos casos, sendo transformadas apenas em áreas degradadas, sem qualquer tipo de produção.

É necessário que as autoridades responsáveis pela conservação ambiental adotem uma postura rígida no sentido de preservarem as florestas ciliares que ainda restam, e que os produtores rurais e a população em geral seja conscientizada sobre a importância da conservação desta vegetação. Além das técnicas de recuperação propostas neste trabalho, é fundamental a intensificação de ações na área da educação ambiental, visando conscientizar tanto as crianças quanto os adultos sobre os benefícios da conservação das áreas ciliares.

A definição de modelos de recuperação de matas ciliares, cada vez mais aprimorados, e de outras áreas degradadas que possibilitam, em muitos casos, a restauração realativamente rápida da cobertura florestal e a proteção dos recursos edáficos e hídricos, não implica que novas áreas possam ser degradadas, já que poderiam ser recuperadas. Pelo contrário, o ideal é que todo tipo de atividade antrópica seja bem planejada, e que principalmente a vegetação ciliar seja poupada de qualquer forma de degradação.

As matas ciliares exercem importante papel na proteção dos cursos d'água contra o assoreamento e a contaminação com defensivos agrícolas, além de, em muitos casos, se constituírem nos únicos remanescentes florestais das propriedades rurais sendo, portanto, essenciais para a conservação da fauna. Estas peculiaridades conferem às matas ciliares um grande aparato de leis, decretos e resoluções visando sua preservação.

O novo Código Florestal (Lei n.° 4.777/65) desde 1965 inclui as matas ciliares na categoria de áreas de preservação permanente. Assim toda a vegetação natural (arbórea ou não) presente ao longo das margens dos rios e ao redor de nascentes e de resevatórios deve ser preservada.

De acordo com o artigo 2° desta lei, a largura da faixa de mata ciliar a ser preservada está relacionada com a largura do curso d'água. A tabela apresenta as dimensões das faixas de mata ciliar em relação à largura dos rios, lagos, etc.

Situação Largura Mínima da Faixa
Rios com menos de 10 m de largura 30 m em cada margem
Rios com 10 a 50 m de largura 50 m em cada margem
Rios com 50 a 200 m de largura 100 m em cada margem
Rios com 200 a 600 m de largura 200 m em cada margem
Rios com largura superior a 600 m 500 m em cada margem
Nascentes Raio de 50 m
Lagos ou resevatórios em áreas urbanas 30 m ao redor do espelho d'água
Lagos ou reservatórios em zona rural, com área menor que 20 ha 50 m ao redor do espelho d'água
Lagos ou reservatórios em zona rural, com área igual ou superior a 20 ha 100 m ao redor do espelho d'água
Represas de hidrelétricas 100 m ao redor do espelho d'água

Um ecossistema torna-se degradado quando perde sua capacidade de recuperação natural após distúrbios, ou seja, perde sua resiliência. Dependendo da intensidade do distúrbio, fatores essenciais para a manutenção da resiliência como, banco de plântulas e de sementes no solo, capacidade de rebrota das espécies, chuva de sementes, dentre outros, podem ser perdidos, dificultando o processo de regeneração natural ou tornando-o extremamente lento.

Uma floresta ciliar está sujeita a distúrbios naturais como queda de árvores, deslizamentos de terra, raios etc., que resultam em clareiras, ou seja, aberturas no dossel, que são cicatrizadas através da colonização por espécies pioneiras seguidas de espécies secundárias.

Distúrbios provocados por atividades humanas têm, na maioria das vezes, maior intensidade do que os naturais, comprometendo a sucessão secundária na área afetada. As principais causas de degradação das matas ciliares são o desmatamento para extensão da área cultivada nas propriedades rurais, para expansão de áreas urbanas e para obtenção de madeira, os incêndios, a extração de areia nos rios, os empreendimentos turísticos mal planejados etc.

Em muitas áreas ciliares, o processo de degradação é antigo, tendo iniciado com o desmatamento para transformação da área em campo de cultivo ou em pastagem. Com o passar do tempo e, dependendo da intensidade de uso, a degradação pode ser agravada através da redução da fertilidade do solo pela exportação de nutrientes pelas culturas e, ou, pela prática da queima de restos vegetais e de pastagens, da compactação e da erosão do solo pelo pisoteio do gado e pelo trânsito de máquinas agrícolas.

O conhecimento dos aspectos hidrológicos da área é de suma importância na elaboração de um projeto de recuperação de mata ciliar. A menor unidade de estudo a ser adotada é a microbacia hidrográfica, definida como aquela cuja área é tão pequena que a sensibilidade a chuvas de alta intensidade e às diferenças de uso do solo não seja suprimida pelas características da rede de drenagem. Em nível de microbacia hidrográfica é possível identificar a extensão das áreas que são inundadas periodicamente pelo regime de cheias dos rios e a duração do período de inundação.

Estas informações são extremamente importantes na seleção das espécies a serem plantadas, já que muitas espécies não se adaptam a condições de solo encharcado, ao passo que outras só sobrevivem nestas condições.

Fonte resumida: Recuperação de matas ciliares. Sebastião Venâncio Martins. Editora Aprenda Fácil. Viçosa - MG, 2001.

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