O clima terrestre é regulado, mais especificamente,
por elementos e processos que envolvem o fluxo de radiação solar, a atmosfera e
a superfície terrestre. São cinco os componentes principais:
Atmosfera: consiste em uma camada de ar que envolve o planeta,
dividida em sete faixas. A ciência que estuda o clima estuda as interações
entre as duas camadas mais próximas da Terra: a troposfera e a estratosfera,
essenciais para as trocas de energia entre as diferentes massas de ar e as
nuvens e entre a hidrosfera, a biosfera e a litosfera. Constitui o elemento
fluido dessas trocas, com formação de ventos, tempestades, ciclones e furacões.
Hidrosfera: compreende as águas oceânicas e continentais.
Criosfera: corresponde às camadas de gelo e de neve na
superfície da Terra.
Superfície
terrestre e biosfera: superfície da
litosfera (crosta terrestre) onde se encontram os seres vivos e não vivos.
O quinto elemento importante na regulação do clima
terrestre é a radiação solar, e todos os fatores mencionados se encontram
influenciados por ela. As diversas atividades e as trocas gasosas
características dos ecossistemas terrestres e oceânicos têm forte interação com
a atmosfera. Elas influenciam a formação de chuvas fundamentais à produção da
água potável existente na terra. Nesse contexto, o brilho do Sol é o maior
responsável por regular os processos que determinam a existência da vida na
Terra.
O clima se modifica sob a influência de três fatores
centrais:
• Sua própria
dinâmica interna.
• As forças
externas naturais como erupções vulcânicas e variações solares.
• Os fatores
relacionados às atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis e o
desmatamento.
OS TIPOS DE CLIMA
No nosso planeta existe uma grande diversidade de climas
característicos de diferentes regiões. Dentre os tipos de clima existentes, os
principais são:
· Equatorial: Temperatura média 25° C, caracterizado por períodos quentes e chuvosos durante quase todo o ano.
· Tropical: Temperaturas variáveis. No inverno apresenta temperaturas médias superiores a 20° C, com períodos de seca. No verão, as temperaturas médias são superiores a 25° C, com período de chuvas abundantes.
· Subtropical: Temperaturas variáveis. No verão apresenta temperaturas entre 15 e 20° C e no inverno as temperaturas variam entre 0 e 10° C.
· Equatorial: Temperatura média 25° C, caracterizado por períodos quentes e chuvosos durante quase todo o ano.
· Tropical: Temperaturas variáveis. No inverno apresenta temperaturas médias superiores a 20° C, com períodos de seca. No verão, as temperaturas médias são superiores a 25° C, com período de chuvas abundantes.
· Subtropical: Temperaturas variáveis. No verão apresenta temperaturas entre 15 e 20° C e no inverno as temperaturas variam entre 0 e 10° C.
·
Desértico: Temperaturas
médias entre 20° C e 30° C, com clima seco.
·
Temperado: Apresenta
estações do ano bem definidas, podendo ocorrer alteração em regiões próximas
aos oceanos e mares, onde o inverno é menos rigoroso e o verão mais ameno.
·
Mediterrâneo: Temperaturas
médias superiores a 25° C, com verão quente e seco e inverno chuvoso.
·
Frio: Temperaturas
médias negativas, com inverno longo e rigoroso e verão curto e ameno.
·
De Montanha: Temperatura
variável: quanto maior a altitude menor é a temperatura. Mesmo em regiões
tropicais, o clima de montanha é predominante nesse relevo.
·
Polar: Temperaturas
abaixo de zero. O inverno é longo, o verão muito seco e curto.
·
Semiárido: Temperaturas
elevadas associadas à baixa umidade atmosférica.
O QUE MUDOU NO CLIMA DO MUNDO?
Para uma melhor compreensão das mudanças climáticas no
planeta, várias observações experimentais são realizadas por especialistas do
Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Para uma melhor
compreensão dos fenômenos climáticos, parâmetros como temperatura média,
precipitação pluvial, cobertura de neve, nível do mar, dentre outros, são
analisados detalhadamente e as conclusões indicam que o clima de nosso planeta
está efetivamente sendo alterado.
Sabe-se, por exemplo, que a temperatura média global
aumentou em relação a 1850 e em algumas regiões como o Ártico, observa-se um
aquecimento da ordem de 2° C. Os estudos demonstram ainda que nos últimos 14
anos, foram observados os 12 anos mais quentes da história.
Como tudo está interligado
na natureza, o aumento de temperatura tem provocado a elevação do nível do mar,
o derretimento de geleiras da Antártica, do Ártico e da Groenlândia e a
diminuição significativa da cobertura de neve no hemisfério Norte.
Pode-se notar algumas dessas
alterações climáticas, no período de 1850 a 2005, quando se registra um aumento
de 0,76° C na temperatura média terrestre; uma elevação de 160 mm no nível
médio do mar e uma redução de 1,8 milhão de km² na cobertura de neve no
hemisfério Norte.
Confirmando ainda mais o
quadro de mudanças no clima global, cientistas identificaram elevações nos
níveis de vapor de água na atmosfera, na precipitação pluvial em regiões
temperadas, na intensidade de furacões e na frequência e intensidade de períodos
de seca no continente africano e de ondas de calor em regiões temperadas.
Alguns estudos atentam
também para a responsabilidade da sociedade, uma vez que os riscos relacionados
às alterações climáticas são o resultado de processos físicos, mas também
consequência de ações e decisões humanas interligadas pelo mundo. Quando
pessoas exageram no uso de condicionadores de ar ou dirigem seus carros solitariamente,
essas ações têm consequências que afetam regiões distantes como comunidades
rurais, áreas de risco, através de problemas ambientais que resultam em muitos
prejuízos econômicos e sociais.
O IPCC estima que até o fim
deste século a temperatura da Terra deve subir entre 1,8° C e 4° C e caso as
previsões sejam confirmadas muitas espécies poderão entrar em extinção, e como
consequência, pode vir a acontecer grandes mudanças na dinâmica dos
ecossistemas e na distribuição das espécies.
Consequências muito
negativas para a vida como a diminuição da oferta de água e alimento, a
acidificação dos oceanos, são exemplos de impactos negativos para espécies que
habitam os mais variados ambientes do globo. O cultivo de alimentos também
poderá ser afetado o que aumentará o risco de fome para muitas populações e há
ainda o risco na distribuição e produção de determinadas espécies de peixes,
com efeitos negativos para a aquicultura e os criatórios de peixes.
As mudanças climáticas
também podem afetar a saúde das pessoas e conforme Organização Mundial de Saúde
(OMS), estudos demonstram que a exposição às mudanças climáticas traz
consequências à saúde de milhões de pessoas, principalmente às populações com
baixa capacidade de adaptação.
Dentre os problemas estão o
aumento da subnutrição e de disfunções consequentes, com implicações no
crescimento e desenvolvimento infantil; a elevação da taxa de mortalidade; o
aparecimento de problemas de pele em virtude do calor; o surgimento de doenças
como malária, cólera e tuberculose, diarreia; o aumento da frequência de
doenças cardiorrespiratórias devido às concentrações mais elevadas de ozônio no
nível do solo; alterações na distribuição espacial de vetores de doenças infecciosas
e problemas relacionados à saúde mental.
É importante ressaltar que
os impactos na saúde variam de região para região e em função do tempo, à
medida que as temperaturas continuarem subindo.
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